Friday, August 13, 2010

Democracia até demais...


Uma imagem vale mais do que mil palavras... Aqui está o time de futebol que se mostrar os joelhos morre apedrejado.

Segundo o Lula, grande aliado da nova ordem mundial.


Tuesday, August 10, 2010

Movimento dos Sem-Posição

Mantendo o espírito de patrulha ideológica, que distorce verdades, fatos, notícias antigas e denúncias, sempre com o objetivo de reescrever passados e confundir futuros, vemos agora uma nova demonstração da posição real de Lula e do Governo PT.



Brasil assina decreto com sanções ao Irã


Leio agora, com certo assombro, que Lula resolveu assinar o decreto da ONU impondo nova rodada de sanções ao Irã. Confesso que me sinto um pouco enojado. E, digo claramente, destaco que percebi com um sobressalto que de fato me sinto enojado.


Me sinto enojado com a aliança de Lula e Ahmadinejad, sei quem foi e o que representa Neda Agha Soltani, conheço o movimento verde do Irã e Mir Houssein Moussavi. E ainda assim, me sinto enojado que o presidente que carrega as cores do meu país de nascimento tenha assinado tal decreto.



O Movimento


Cabe a análise última sobre a falta de valores e diretrizes na política externa brasileira sob o cabresto petista, não porque se trate de uma análise puntual de uma situação, mas porque represente a base ideológica que norteia a construção do governo como um todo, e do projeto de poder que é o PT.


A declaração de Lula, de que a fidelidade ao multilateralismo e o repúdio aa decisões unilaterais tenham embasado a decisão, é um atestado da lógica oportunista com que se construiram oito anos de Brasil, redigido para que o mundo todo leia.


Na lógica do que foi dito, o Brasil tomou uma posição de endosso aas sanções simplesmente para que não aparecesse como o único em posição contrária. Ou seja, bradou-se aos quatro ventos uma linha de raciocínio, e tomou-se a decisão que trazia menos dano político em detrimento do que se dizia acreditar inicialmente.


Em última instância, constata-se que não existem posições definidas no governo PT. O que existe é a política pervertida, é a política pela política. Não há o uso instrumental da política para que se atinja um objetivo como nação, sociedade ou Estado, e sim há política como um fim. O objetivo é o poder, adotando-se o raciocínio de manada quando conveniente, ou o de opositor quando popular.


A mesma lógica explica com facilidade e clareza todas as alianças com Sarney, Collor, Renan Calheiros e a escória da política brasileira, e em cada decisão do governo fica mais claro que o bem-estar da população, dentro e fora do Brasil, seja objetivo secundário ao projeto de poder do PT.


Finalmente, aa esta ideologia nefasta, a da ausência de valores maiores do que a execução de um projeto de poder, podem-se atribuir todos os grandes desastres políticos da humanidade, começando no nazismo e terminando em Cuba.

Sobre Sanções e Autodeterminação

Sem sobressaltos, não repudio o fato em si de que se decretem sanções ao Irã, e acredito inclusive que elas tenham vindo tardiamente. Assim como acredito na justiça das sanções contra Cuba, e que deveriam haver sanções contra Venezuela e contra quaisquer regimes totalitários ou quaisquer regimes que de fato exerçam poder opressivo sobre sua população.


Como é possível justificar a tendência do planeta de se organizar em união, globalizado (excluindo-se análise sobre razões implícitas ou explícitas para tanto), se em parte do globo se viva em regimes democráticos (aonde a constituição destes países sirva de escudo do cidadão contra o poder opressivo infinito do Estado) e em outra parte em regimes de opressão total? O que faz com que alguns cidadãos do mundo "global" tenham direito a uma vida de respeito a seus direitos básicos individuais, e outra não?


Não faz sentido se dizer pragmático com relação ao comércio multilateral, quando situações de estabilidade e prosperidade econômica de fato comprem a estabilidade social em contextos de desestabilização iminente. Não faz sentido se dizer pragmático em um contexto de globalização, quando os recursos que entram como comércio legítimo terminem por promover a opressão estatal de cidadãos e por ameaçar, na forma de financiamento ao desenvolvimento de programas armamentistas, a própria estabilidade da União das Nações que se prega.


Se a autodeterminação dos países dita que cabe aa própria população de um país romper as amarras e revolucionar Estados opressivos e tiranias por dentro, não cabe também aa comunidade internacional financiar uma situação que conduza aa estabilidade de um regime tirânico, e muito menos prover os recursos que confeccionam e compram os armamentos usados por tais regimes contra suas próprias populações.


Se só pelos agravos e pela percepção de uma realidade insalubre possam se dedicar e respirar levantes populares, não cabe aa comunidade internacional prover o recurso que mascara a situação desumana imposta por estados deformados aa suas próprias populações, não cabe o comércio exterior que doura a pílula dentro de casa.


Não interferir, em última instância, se aproxima mais de tratar Estados de acordo com o tratamento desejado para a população do globo, e não consistiria na cínica vista-grossa da ignorância das circunstanciais das sociedades com quem se realizam trocas, até porque a negociação do trabalho (que é a última instância de qualquer troca econômica) tem efeito também no lado que se crê democrático e aberto.


Aa não interferência, só cabem os raciocínios considerados globalmente. Ou seja, por exemplo, acreditar que o comércio livre com a China nada tenha a ver com uma situação de salários quase escravos naquele país, não só não conduz a China aa melhora de suas condições internas, como inclusive conduz o resto do mundo aa piora dos padrões de remuneração, por transformar em padrão de custo produtos com mão de obra baratíssima. Da mesma forma, financiar isonômicamente Estados que atentem contra direitos fundamentais termina por endossar globalmente um padrão de tolerância com a opressão (não só no Irã ou em Cuba, mas no resto da União das Nações), o que representa a desvalorização das liberdades individuais como um todo.