Tuesday, August 10, 2010

Movimento dos Sem-Posição

Mantendo o espírito de patrulha ideológica, que distorce verdades, fatos, notícias antigas e denúncias, sempre com o objetivo de reescrever passados e confundir futuros, vemos agora uma nova demonstração da posição real de Lula e do Governo PT.



Brasil assina decreto com sanções ao Irã


Leio agora, com certo assombro, que Lula resolveu assinar o decreto da ONU impondo nova rodada de sanções ao Irã. Confesso que me sinto um pouco enojado. E, digo claramente, destaco que percebi com um sobressalto que de fato me sinto enojado.


Me sinto enojado com a aliança de Lula e Ahmadinejad, sei quem foi e o que representa Neda Agha Soltani, conheço o movimento verde do Irã e Mir Houssein Moussavi. E ainda assim, me sinto enojado que o presidente que carrega as cores do meu país de nascimento tenha assinado tal decreto.



O Movimento


Cabe a análise última sobre a falta de valores e diretrizes na política externa brasileira sob o cabresto petista, não porque se trate de uma análise puntual de uma situação, mas porque represente a base ideológica que norteia a construção do governo como um todo, e do projeto de poder que é o PT.


A declaração de Lula, de que a fidelidade ao multilateralismo e o repúdio aa decisões unilaterais tenham embasado a decisão, é um atestado da lógica oportunista com que se construiram oito anos de Brasil, redigido para que o mundo todo leia.


Na lógica do que foi dito, o Brasil tomou uma posição de endosso aas sanções simplesmente para que não aparecesse como o único em posição contrária. Ou seja, bradou-se aos quatro ventos uma linha de raciocínio, e tomou-se a decisão que trazia menos dano político em detrimento do que se dizia acreditar inicialmente.


Em última instância, constata-se que não existem posições definidas no governo PT. O que existe é a política pervertida, é a política pela política. Não há o uso instrumental da política para que se atinja um objetivo como nação, sociedade ou Estado, e sim há política como um fim. O objetivo é o poder, adotando-se o raciocínio de manada quando conveniente, ou o de opositor quando popular.


A mesma lógica explica com facilidade e clareza todas as alianças com Sarney, Collor, Renan Calheiros e a escória da política brasileira, e em cada decisão do governo fica mais claro que o bem-estar da população, dentro e fora do Brasil, seja objetivo secundário ao projeto de poder do PT.


Finalmente, aa esta ideologia nefasta, a da ausência de valores maiores do que a execução de um projeto de poder, podem-se atribuir todos os grandes desastres políticos da humanidade, começando no nazismo e terminando em Cuba.

No comments:

Post a Comment