Monday, June 21, 2010

Alegoria Médica

Já que está posta (e em grande medida comprovada) a tese de que a candidata do governo não existe sem o aparelhamento e a perversão do uso da máquina para a construção de uma candidatura virtual, convém dar breve esclarecimento sobre o "desconhecimento" que Dilma carrega consigo.

Neste momento, de recusa de Dilma na participação em sabatinas, painéis e debates, fica claro que tudo o que o governo e o PT não querem é que se conheça de fato quem é a candidata. Não só por claras limitações intelectuais, de capacidade de raciocínio e expressão, mas também por conta do personagem histórico que ela encarna e do passado da candidata, que prefere se afastar das luzes para permanecer o maior tempo possível aa sombra do presidente.

A título de ilustração, imaginemos uma médica. E que essa médica teve seu registro cassado, anos atrás, pela prática de medicina irregular. Sentenciada aa 3 anos de prisão, essa médica passa os 3 anos em reclusão, e depois busca posições de menor expressão e responsabilidade, afastada aparentemente em definitivo da medicina. Eis que misteriosamente, endossada por um cirurgião famoso, tal médica ressurge das cinzas, sem que haja praticamente menção e divulgação de quem é e o que fez no passado para merecer a prisão e a perda da licença médica.

Pois bem, alguém em sã consciência, conhecendo seu passado, confiaria os próprios filhos aos cuidados da soturna médica (mesmo considerando o apoio do cirurgião famoso)?

O terrorismo foi a "clínica de abortos clandestina" da política brasileira, e agora vários expoentes de movimentos leninistas e ilegítimos (Dilma inclusive) pleiteiam abertamente posições na "medicina regulamentada", como se nunca antes houvessem ferido a democracia e atacado virulentamente seus princípios.

Parece inclusive cômico que aqueles que já tentaram tantas vezes derrubar a instituição política brasileira agora se coloquem na posição de zeladores de seu bem-estar e desenvolvimento. Pensando assim, não é de se admirar o esforço para que a Dilma séc. XXI siga uma desconhecida abraçada por Lula.

E é no mínimo irônico que quem renunciou (ao recorrer aa violência) aa atividade política legítima agora diga buscar caminhos democráticos ao poder, estraçalhando todos os princípios e bases da democracia no caminho, inclusive na própria definição de sua existência como candidata que só existe nas entranhas da máquina.

E aí, você confiaria seus filhos aos cuidados dessa açougueira?

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