Tuesday, May 11, 2010

Aprendendo com Ahmadinejad

Desde o decreto presidencial do PNDH3, que reuniu elementos claramente golpistas (por exemplo sua assinatura 3 dias antes do natal, quando o congresso entrava em recesso e a sociedade em geral tinha "guarda baixa"), crescem os indícios de que o governo do PT tem inclinações totalitárias e autoritárias.

Como já escrevi aqui, o PT não teve sucesso nisso até agora porque na sociedade da informação é cada vez mais difícil iludir, enganar e mentir sem ser desmascarado. Quando muito, a facilidade com que se consultam informações disponibilizadas outrora na internet, aliada aa memória daqueles que por dever cívico se mantém em estado de alerta, faz com que o tempo se encarregue de mostrar quem são as pessoas e quais as intenções de uma organização que faz de um ilusionismo populista seu disfarce sobre tendências ditatoriais.

Se desde o início do governo do PT existe certa pressão sobre a mídia, não foi antes do PNDH3, chancelado decreto presidencial, que houve confirmação de que se tratava de fato de uma agenda meticulosamente planejada nos anais do "Foro de São Paulo".


Cristalização
Aa parte das inúmeras críticas que Lula e o PT têm recebido por dar guarida e apoio a regimes ditatoriais pelo globo, apoio por vezes mascarado como anti-americanismo ou anti-capitalismo, a não priorização da promoção de questões fundamentais dos direitos humanos nas relações comerciais que se mantém com tais regimes demonstra por diversas vezes o caráter e a cartilha de um governo que no Brasil tenta impor acima da lei uma candidatura impostora de uma ex-terrorista.

A morte de Orlando Zapata Tamayo - desqualificado por Lula como prisioneiro comum embora tenha sido reconhecido como prisioneiro de opinião pela Anistia Internacional - durante visita da cúpula do governo a Cuba, ilustrou por breve período de tempo o "apreço" de Lula e do PT por oposições a seus aliados ideológicos (Cuba é parte do grupo do "Foro de São Paulo"). Analisando as repetidas tentativas de controle da imprensa aa luz do acontecido, fica claro também que dadas as condições ideais para tanto, tal controle de informações (chegando ao nível de silenciar indivíduos) seja considerado adequado pelo PT em sua luta para se perpetuar no poder.


Estado de alerta
A assinatura do decreto presidencial instituindo o PNDH3 serviu no Brasil como uma mensagem clara de que o assunto era sério. O desrespeito aa 4 princípios básicos dos Direitos Humanos, bem como sua iminente subtração transformada em plano de governo, fez com que parte da sociedade (esclarecida, atuante e especialmente livre da lavagem cerebral promovida pelo governo que mais investiu em propaganda na história da nação) não mais observasse como passageiros fatos que por breves momentos demonstravam as verdadeiras intenções daqueles no poder.

E é nisso que consiste nosso estado de alerta, fotografar e gravar pequenos pedaços da figura exibida para, com o tempo, montar o quadro maior. A existência deste blog tem como razão principal juntar os pontos para desmascarar tais intenções veladas.


Repetição e confirmação
Na semana passada o governo passou a impressão de que sua linha de ação principal para instituir a censura (que beneficiaria sua máquina de inventar mentiras, constantemente desancada pela blogosfera que acaba por pautar a mídia convencional e vice-versa) seria tratar informações desagradáveis como propaganda, com a moção de uma ação tentando caracterizar o "gentequemente.org" como propaganda eleitoral.

A presença da ESPM na "5ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Imprensa", e o resultado do encontro propondo uma espécie de "CONAR" para a imprensa serviram como confirmação explícita da tese, tornando oficial a linha de ação imposta pelo governo.

Considerando-se os laços estreitos do governo do PT com Venezuela, Cuba e Irã (o Brasil é o único membro -permanente ou não- do Conselho de Segurança da Onu que se opõe aa sanções contra o Irã), e o fato de que não se façam menções durante relacionamento bilateral (como condições para o relacionamento comercial) sobre os ataques aos direitos humanos que tais nações promovem contra sua população, conclui-se o endosso do governo brasileiro aas práticas adotadas nestes países.


Conclusão
E além do simples endosso, quando nos deparamos com o relato do dissidente iraniano exilado Akbar Ganji, "de que no Irã mais de 100 jornalistas estão presos por propaganda contra o regime", podemos e devemos suspeitar de que as impressões da semana passada se tratem sim de uma confirmação da linha de ação totalitária do governo que decretou o PNDH3.

Este tipo de "coincidência" deve servir como alerta final aaqueles que ainda se recusam a ler as entrelinhas do que o PT escreve sobre a constituição e a sociedade. Ao jornalismo e aa população, permitir silenciosamente que o governo do PT seja bem sucedido na qualificação da informação como propaganda significa o último passo para a transformação do Brasil em um Estado opressivo, e é a porta de entrada para uma ditadura, como demonstra o "parceiro" Irã.

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